Quem já leu outras obras de Ian McEwan vai se decepcionar um
pouco com este livro lançado mundialmente aqui no Brasil durante a FLIP. Serena
foi o livro que levei para a viagem, primeiramente por se passar em Londres e
por ter a esperança de uma leitura magnética que me prendesse e mantivesse
ocupado durante as longas insones jornadas intercontinentais, as madrugadas
costumeiras esperando a amada acordar para mais um dia de visitações turísticas
e para os programados percursos ferroviários entre Londres Amsterdã e Bruxelas.
Encontrei um exemplar em capa dura e assinatura, muito estranha por sinal, do
autor em uma livraria do Canden e não pude resistir em comprá-lo apesar de ter
plena convicção de que meu parco domínio do inglês é insuficiente para
encará-lo honestamente. O que me impressionou foi o intenso trabalho de pesquisa
que Ian deve ter feito para contar a
história da linda candidata a espiã inglesa no início da década de 1970, quando
a preocupação com a guerra fria estava nos seus estertores finais e a
Inglaterra estava vivendo uma época difícil de sua luta com o IRA. Para quem
nunca leu o autor aconselho experimentar Reparação ou Sábado e quem sabe, tomando
gosto por sua literatura, decida tirar suas próprias conclusões sobre “Sweet
Tooth”, título inglês original de Serena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário