sábado, 5 de abril de 2025

Depois da...

Depois da terceira o mundo ganha um brilho que não pode ser chamado estranho, vamos dizer especial. As bordas se insinuam, as cores parecem pedir para sair das coisas que as aprisionavam. O ritmo ganha tempo, ou seria o contrário? Tanto faz. A realidade dos compromissos e a incompreensível solidão dos corpos elementares perdem o que têm de insólitos, para se perderem numa dimensão plena de luz e pura energia. E quem não escapa da ventania que varre para longe os percalços e os odores se descobre vítima da íntima impressão de completude estóica com a vida e o mundo irresponsável da verdade. 

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