Se escondeu.
Não por trás de máscaras
Ou falsos consolos,
Mas num lampejo
Inopinado
De pura sensatez.
A Lua renasceu
E de um risco no
Horizonte sem fim,
Engolindo gotas de luz
Acabou por brilhar inteira
No céu sem estrelas da
Cidade desumanizada.
Uma montanha de
Impossibilidades
Acumuladas
É destino torpe
Para gloriosas
Promessas do saber.
Se fruto de programado
Projeto,
Caminho escolhido
Passo a passo
No livre arbítrio
Da cultuada liberdade,
Ou mera entrega
Ao descompromissado
Destino da maré,
doce resignação
Aos desígnios divinos,
Quem haverá de saber?
Certo é que
Também falhamos
Como Criadores.
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