Voando baixo pela praia encantada
Sigo meu pensamento sem rumo
E sem preconceitos.
Deixo-me navegar pelo mar do instinto,
Sem saber aonde vou dar.
Não importa meu destino;
Quero o prazer da viagem sem volta,
Do beijo roubado à menina que ficou indignada
E se pôs a chorar.
Quero a ausência do remorso,
A alegria do crime perfeito
Por ter sido realizado,
Não por ter me deixado rico.
Hoje não quero pensar.
Quero mergulhar no improvável,
Amar mais do que amanhã,
Conhecer o sabor do impossível,
Invadir o paraíso e comer a maçã.
Não tenho motivos para ser bom,
Nem vontade de ser mal.
Só quero a liberdade de me prender
Na solidão e não ter de explicar
Minha razão sem sentido.
Quero no encontro com a morte
Convencê-la que devo viver.
Não vou implorar nem chorar,
Pois posso rir de tudo e de todos,
Até mesmo de mim.
11/02/03.
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