A madrugada entrava silenciosa e fria pela fresta da cortina
quando um suspiro mais profundo anunciou seu despertar. De início, ainda cheia
de torpor, foi ganhando, num rito já conhecido, pequenos movimentos do corpo,
passando pelo hálito morno do beijo até se consumar no ato concreto do amor.
Liberta da languidez do gozo, começou a passar a mão nos pelos que brotavam na
barba matutina. Cheia de carinho resignado disse que a havia machucado um
pouco. Menos do que uma reclamação era o início de uma despedida.
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