Estamos vivendo o fim de uma era. O bum do crédito trouxe aos
ativos coparticipes do mercado um enriquecimento virtual que ao os tornarem carentes
das necessidades vitais e reais - tais como comer, beber e dormir - os fizeram
mergulhar no mundo do supérfluo. Nada absolutamente contra o supérfluo. Muita
vez o visito e encontro algum prazer num vinho encorpado, num tênis macio, numa
calça bem ajustada, num carro grande e confortável. Só que a hora de pagar a
conta chegou e cadê o dinheiro que foi parido pelo crédito? Não a
toa tanto se ouve o termo qualidade de vida. Estamos voltando nossa atenção ao
que é realmente necessário e vital, e redescobrindo que o repouso e o lazer são
imprescindíveis ao bom funcionamento de nosso corpo e mente (se é que são
coisas diferentes). Nesse retorno ao ser humano primordial a busca da espiritualidade
ganha um novo impulso. Muitos buscam na religião a resposta e apoio necessário
para suas ansiedades. Outros procuram dentro de si a força vital que justifica
a própria existência. Não importa. Faz parte do crescimento do homem como
espécie inteligente entender que existem bilhões – uma para cada ser vivente –
de formas de se alcançar o bem estar interior e social.
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