O sol que tem nascido mais cedo prenunciando o verão não
aquece o frio de minha angústia.
As nuvens que encobrem impudicamente o astro rei não passeiam
faceiras para meu deleite.
Os pingos que escapam sorrateiras de sua algodonosa moradia
não regam minha esperança.
Até mesmo o azul límpido e imaculado do céu não oferece a paz
que preciso.
A natureza segue indiferente à minha dor. É sua maneira de me
fazer parte dela.
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