A verdade é que não quero a morte. Menos a dos meus queridos
que a minha. Tenho medo de sofrer, sentir a ausência do consolo amigo, da
alegria do companheiro, do morno abraço que acalenta a solidão. Por vezes, não
poucas, me pego imaginando, antevendo os prólogos de minha despedida, tentando
em vão experimentar sua inefável sensação. Enquanto ela não chega sigo sem
pressa, colhendo funerais e empilhando saudades no meu pobre e pulsante
coração.
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