que um compartilhado desejo,
os instantes se misturam
num amontoado de múltiplas
e possíveis aspirações.
As horas que espantam no agora,
não passam de meras pétalas
choradas num arvoredo
de continuo recomeço.
Se partimos para lá,
voltamos de lá para cá.
Teimamos na insistência de um tempo
que nos quer prisioneiro,
mas também se mostra
incapaz de nos amarrar
a elos que nunca pedimos.
Pensar o amanhã como
algo que nascerá tarde demais,
é nos entregar nas mãos
de uma torpe certeza,
e perder a perspectiva
honesta do mais puro
suspiro de doloroso prazer.
Por isso festejamos
cada passo como
novo recomeço,
e voltando como ao útero materno,
renascemos para a vida,
como se fossemos
vivê-la pela primeira vez.
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