segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Big Bode Brasil

Recusa o convite da turma para o happy-hour. Dá uma última espiada na bunda da colega antes do elevador fechar e levar aquele avião para outros ares. A vontade quer crescer dentro dele, mas resiste. Prometera ir ao cinema com a mulher. Preso no engarrafamento lembra a morena novata que nesta exata hora deve estar sob a mira dos gaviões do escritório. “Será que ela tá me dando bola?”. Não pode ser; logo para o único casado da sala! O rádio toca Rita Lee: “que tal nós dois, numa banheira de espuma...”. Avança mais um quarteirão. A moça no outdoor da cerveja é a cara da nova colega. Sua imaginação anda muito fértil ultimamente. Uma hora depois chega a casa, toma um banho ligeiro e corre pra pegar a última sessão. Não tem jeito, perdem as cenas iniciais do filme. Fica sem saber por que a mulher traça todos que vê pela frente. Deve ser algum trauma de infância, imagina enquanto o volume cresce na calça. Passa o braço pelo ombro da mulher e ela se aconchega. Chegam tarde, as crianças já dormiram. Toma um belo copo de água gelada pra acalmar o fogo. O xixi desce com dificuldade através do membro enrijecido. Encontra a mulher virada pro outro lado da cama. Passa a mão na bunda conhecida, e encosta no corpo moldado pelos anos. Ela se vira, dá uma bitoca sem graça e explica que hoje não vai dá. Ele pega o controle e liga a TV no Big Bode Brasil. 20/02/02. 

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