Recebi com espasmódica surpresa a decisão se 7x4 a favor da
lei da ficha limpa. Os quatro ministros que votaram contra a referida lei,
pressupondo que sejam idôneos e nobres representantes da constituição que
juraram obediência, são engessados membros de um mundo que desconhece o avanço
do apelo democrático popular. Se as leis fossem imutáveis, continuaríamos sob a
nobre pungência do imperador Pedro quinto ou sexto, ou quem sabe do cacique
tupi guarani que mal ouso nomear. Não é a toa que ouvimos severas críticas ao
nosso lento progresso ao rumo do desenvolvimento. Entretanto, deixando de lado
os quatro derrotados baluartes defensores da fria leitura da lei, o fato que me
instigou essas simplórias e leigas palavras, porém com rasgos sinceros de
cidadania, foi a justificativa do voto de uma das sete sóbrias vencedoras.
Esclarecendo seu parecer, definiu como candidato elegível para representante
legítimo do povo, um cidadão íntegro e probo, livre de interesses e de
percalços judiciais. Ri para não chorar.
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