Descansa.
Eu te queria
eterno,
Mas meu
desejo é impotente
Diante da
transitoriedade
Da aventura
humana.
Fecha
definitivamente
Teus olhos e
deixa para nós
A amarga missão
de viver num mundo
Sem tua doce
presença.
Sei,
Não me
ouves.
Por tua
linda luta
Foste
recompensado
Com a glória
da eternidade
No universo
de nossa memória,
Onde
desconheces a dor
E ganhastes
a indiferença
Que só é
permitida
Aos seres
divinos.
Não posso
mais contar
Com teu
acalanto para
Minha
tristeza,
Mas posso
sentir,
Resgatando a
lembrança de
Tua paterna
serenidade,
O consolo
que preciso
Para seguir
amando um mundo
Por demais
imperfeito.
Descansa.
Abraça a
morte
Como alívio
Para teu sofrer,
Como recompensa
Por uma vida
Plena de
dignidade
E que agora
te cobra
Pelo longo
caminhar.
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