O princípio do ocorrido foi os elogios mútuos às mulheres
enquanto elas estavam no toalete. Recebidas com largos sorrisos ficaram meio
sem jeito, talvez até imaginando coisas, pois nenhum foi capaz de explicar-lhes
o inefável ar de felicidade. Saíram do restaurante de braços dados, cada qual
com seu cada qual, até que a força oculta que pairava no ambiente fez das suas
e não sei em que altura do caminho até o apartamento do casal que morava mais
próximo e onde combinaram tomar um último drinque, deu-se a troca.
Parecia que tinham acumulado assunto durante o período que saiam juntos para se
divertir. Impossível imaginar do que tanto conversaram, mas não deve ter sido
sobre futebol, cerveja, vestidos ou sapatos. Bastante improvável que tenha sido
filosofia ou política, muito menos amor. Chegaram ao apartamento cheios de
vontade, mas sem pressa. Abriram uma garrafa de champanhe, brindaram à saúde e
à vida e se recolheram às suas respectivas alcovas, sem nenhum comentário desnecessário.
Quando ela saiu do quarto do adormecido anfitrião encontrou-o na sala, olhando
pela janela a alvorada que se anunciava tênue e fria por entre pesadas nuvens
de verão.
Um texto não lido é como um amor não correspondido. Neste espaço quero compartilhar um pouco de meus escritos, dar e pedir sugestões de leituras,filmes, músicas e ...
sábado, 23 de março de 2013
sábado, 16 de março de 2013
Gramática improvável
Quando é um
tempo
Que não quer
chegar.
Porquê é uma
pergunta
Que não sei
fazer.
Será é uma
possibilidade
Difícil de
esperar.
Com é uma
união
Improvável
de acontecer.
sábado, 9 de março de 2013
Vento de Março
O mais sábio dos homens me pediu para ficar e fazer tudo do jeito que só eu posso querer fazer. Não pisquei, nem dei pista das minhas futuras intenções. Apenas me calei e no silêncio todas as minhas dúvidas se dissiparam, perderam
a razão pela qual foram construídas. O mais sábio dos homens deixou uma lágrima cair de seus olhos, inspirou longa e serenamente e sem dizer palavra foi se apagando, tal qual a verdade na consciência humana, até sumir
definitivamente. Sem ter a quem pedir licença ou perdão, abri os braços e me deixei levar pelo vento. 08.03.13
a razão pela qual foram construídas. O mais sábio dos homens deixou uma lágrima cair de seus olhos, inspirou longa e serenamente e sem dizer palavra foi se apagando, tal qual a verdade na consciência humana, até sumir
definitivamente. Sem ter a quem pedir licença ou perdão, abri os braços e me deixei levar pelo vento. 08.03.13
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