sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Na Lama

Não raro me saturo e, de frente ao muro do mundo,  grito "foda-se". As notícias são tão as mesmas que fico impressionado com a falta de imaginação onde conseguimos nos enterrar. Ligo o rádio e ouço  velhas canções com novos intérpretes. Abro o Jornal e as mortes se sucedem sem pudor e as mulheres continuam sendo exterminadas por machos inconformes com uma nova suspeição de inutilidade.  Mas nem tudo está perdido. Cada dia nasce uma cerveja artesanal para nos ajudar a fugir dessa droga de vida sóbria e careta. Parece que vivemos o pós diluvio, naquele momento quando as águas baixaram e ficou só a lama onde atolamos a vontade de ousar e nos transformar. Esta faltando maluco neste mundo cheio de sociopatas e psicopatas, onde qualquer mudança traz uma saudade do que já foi um dia. O consolo é que a história prova que o mundo muda. Quando desistir parece a única opção, melhor é dar um tempo e esperar que a chuva não demore muito a voltar.    

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