sábado, 27 de outubro de 2018

Harmonia

O capitalismo e o comunismo são ambos utopias: nunca existiram e só poderiam existir numa sociedade perfeita, algo que se assemelhasse a anarquia: um povo sem necessidade de governo.  A questão que se põe em questão é a do liberalismo contra o socialismo. O primeiro se fundamenta no estado mínimo, com pouco intervenção na economia; o segundo em um estado forte, agente intermediador entre o capital e o trabalho. Não vou aqui julgar qual o melhor, mesmo porque o que me parece mais factível seja uma harmoniosa e equilibrada alternância.   O atual momento de crise tanto local quanto global, onde o crédito e a taxa de remuneração do capital  suplantaram a capacidade de crescimento econômico, conjuntamente com um baixo incremento demográfico, faz com que as tendências convirjam para uma ideia  "cada um por si", com forte apelo nacionalista. Isso não seria de forma alguma algo passível de reprimendas, afinal cada qual deve lutar pelo seu espaço. Entretanto existe um sentimento, não digo humanitário, porque pode certamente parecer indutor de nobres princípios, mas realmente de caráter prático, que prega uma menor desigualdade como forma de construir uma sociedade mais justa e consequentemente mais pacífica.

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