sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Amanhã de novo

Somos carentes e escravos dos símbolos. Torcer para que o amanhã seja mais luminoso do que o hoje é tão inocente quanto preciso. Os sonhos nos alimentam. Ganhamos força e vigor no pão do amanhã. O futuro é um destino viável e imanentemente planejado. Sem o lampejo do abraço que nos acolherá no instante próximo somos bichos sem um álbum de memória. No exato instante em que o antes se confunde com o depois descobrimos a intemporalidade dos afetos. E se o nunca se deixa confundir com o eterno é sinal de que mais que senhores somos dependentes do que alguns chamam de amor. 

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