sábado, 5 de novembro de 2022

Trovão

O ronco vem de longe. Até parece que o mundo quer acordar e dizer sem pudor algum que se cansou de dormir. As nuvens apagam o sol e não peço mais que algumas horas a mais de sono. Será possível aquele pássaro ser assim tão feliz? A vida pulsa tão depressa que já nem sei se estou nessa, de sorrir para tudo como aprendiz. O amanhã que me corrói é o mesmo que me cobre com seu lençol. Me cobra força e garra, mas me quer sereno, quente e forte. Até que nem mesmo a morte me vença e me deixe tranquilo e feliz. 

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