quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Creio



Crer:
Necessidade ou obrigação?
Algo que se aprende
Ou que brota macio
Do fundo do coração?

Um dia ousei
Dizer que não cria.
Hoje sei, estava errado:
Só não crer
Quem tem vida vazia.

Creio no sorriso verdadeiro
Dos meus pais quando aqui chego,
No seu beijo que me faz criança,
Neste ninho, onde esqueço o medo.

Creio no amor quase materno
Nos olhos de minhas irmãs
Como no sol que brilha eterno,
A cada nascer da manhã.

Creio no calor amoroso
Dos braços de meus irmãos
Creio na lua que enfeita
O céu dos homens bons.

Creio nos meus sobrinhos
Meninos e meninas que vi crescer
Bonecos moldados pelo carinho
A quem quero ensinar e com eles aprender.

Creio nos tios e cunhados
Pais, mães, irmãos segundos de tantos caminhos.
Creio na palavra sincera
E fraterna de todos os amigos.

Creio nos pais que me adotaram
Que me querem que nem filho
Pais da companheira
Com quem meus dias partilho.   

Creio nesta mulher
Que no frio me dá calor.
Ela é prova inconteste
Que existe o eterno amor.

Creio nas lágrimas que choro
Ao lembrar das nossas filhas
Pingos de luz e amor,
Nossas duas maravilhas.

Razão de toda uma vida
Emoção que toca mais fundo
Duas almas pequeninas
Tudo o que se quer do mundo.


Creio que a vida é melhor
Quando de tudo se partilha.
Creio que nada existe maior
Que o amor da nossa família.



Natal de 2007. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário