quinta-feira, 11 de abril de 2013

Na rede da sala.


Baixei a borda da rede e vislumbrei o ângulo oposto da sala quatro por quatro sem reboco, piso e teto  crus. Da porta da parede esquerda uma jovem de cabelos louros mal lhe roçando os ombros entra rodopiando, alheia a meu olhar. Quase não se nota o insípido balanço de seus seios despudoradamente expostos, e da calcinha cor de pele seus pelos pubianos se mostram pelo relevo e não pelo contraste de cor. Um barulho me rouba a atenção e ainda consigo ver pela porta da direita a sola gasta dos chinelos do homem que despenca vão abaixo. Antes de poder reagir a qualquer uma das ocorrências o alarme do despertador me avisa que tenho duas meninas que acordar e mandar para o colégio.   

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