sábado, 10 de abril de 2021

Desumanidade

Não sei de evidência que 
Sustente a fé ou esperança
No homem como espécie.

Antevejo sua extinção,
Afogada em subita maré
Ou na escassez fotosintética.

O último indivíduo há de chorar,
Ricamente vestido pela solidão
Que orgulhoso teceu fio por fio. 

Do homo não restará sequer
O sopro do sapiens que quis
Ser mais do que aprendeu. 






Nenhum comentário:

Postar um comentário