sábado, 24 de abril de 2021

Segundo Domingo da Criação.

O sorriso 
Se escondeu.
Não por trás de máscaras
Ou falsos consolos,
Mas num lampejo 
Inopinado
De pura sensatez.

A Lua renasceu
E de um risco no
Horizonte sem fim,
Engolindo gotas de luz
Acabou por brilhar inteira
No céu sem estrelas da 
Cidade desumanizada.

Uma montanha de
Impossibilidades
Acumuladas
É destino torpe
Para gloriosas 
Promessas do saber.

Se fruto de programado
Projeto,
Caminho escolhido
Passo a passo
No livre arbítrio 
Da cultuada liberdade,
Ou mera entrega 
Ao descompromissado
Destino da maré, 
doce resignação
Aos desígnios divinos, 
Quem haverá de saber? 

Certo é que
Também falhamos 
Como Criadores. 



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