sábado, 16 de outubro de 2021

Sábado

O último dia da semana é tão divino quanto o primeiro. O Deus que  acordará amanhã carente de atenções, hoje se recolhe, permitindo às criaturas uma liberdade plena de incalculadas emoções. Todo Sábado nasce lindo. As silhuetas são tão sinuosas quanto harmônicas. Os sons se misturam sincopados em orquestrada sinfonicidade. A luz do sol não pretende ser maior que a lua que inspirará os poetas e os amantes. Irreverente sou particular parceiro da interseção. O brilho da quarta hora da tarde revela uma magia incomum a  minha cética alma. O que sempre quis se confunde com o que foi possível numa concretude imaterial e naturalmente incompressível. A dourada realidade de um fim de tarde, hora propícia para antever um futuro, aconchego de repouso, me encontra sereno e satisfeito com a incerteza do porvir. 

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