quarta-feira, 28 de outubro de 2020

água de côco

Minhas metafísicas capacidades não passam de devaneios quase inúteis pelos corredores dos mistérios, bem distante das divinas possibilidades de quem goza de prestigiosa ascendência. Meu presente é em Peroba, muito longe de Canaã, e jamais negarei minha pouca sapiência em matéria de água, fiel discípulo que sou de Baco,  deus pagão dos bêbados e dos destiolados. E como tal, inocentemente me insurjo contra a ideia de que a água adentre a carapaça do coco em busca de uma vida mais doce, e imagino que tudo não passe de um mero e vil ato de urinar para dentro, máxima expressão do egocentrismo mesquinho e sovina de um coqueiro que afinal nem boa sombra dá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário