sábado, 25 de junho de 2022

Polis

Não sei se já hora de falar de política, da maneira direta que se costuma falar, pois para mim, falar sobre a vida em comum, é se entranhar na política. Mas deixo a divagação sofismática para me embrenhar na realidade nossa de cada dia, sem medo ou arremedo de dor. É óbvia a necessidade de nos livrarmos da excrecência que nos aflige os três últimos anos e poucos meses. Se errar é humano, persistir no engano é mero exercício de suicídio social. Mais que uma vitória do Lula no primeiro turno, sonho com um segundo turno sem a figura espúria do ignóbil capitão expulso das forças armadas. Sinal de amadurecimento social do nosso povo. A experiência dos quase sessenta anos nos couros que me assola, me faz entender que de vinte a trinta entre cem habitantes deste lindo e triste pais consideram a vida social como mero parque onde eles podem brincar sem nenhum pudor. Maneira alguma pretendo demovê-los de seu pensamento. Insulto-os, mesmo sem esperança, a tão somente uma reflexão democrática. Ninguém tem mais o direito de ter medo de ser feliz. 
 

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