quinta-feira, 9 de junho de 2022

Sonho ( Texto publicado na Antologia Sobrames 2022)

Um sonho nasceu
Meio sem jeito, 
Tal um desejo
Sem pretensão
De eternidade. 

Lampejo de luz, 
Réstia de carinho
Que se insinua 
Entre o real e a
Mais duvidosa
Verdade. 

Fugir ao destino
É se fingir de morto,
Cochilar do que se quer
Com quase nenhuma 
Tola vontade. 

Naquele instante
Onde o tempo
Se mistura com o
Infinito e o que há de feio 
Se mistura com o bonito. 

Tempo sem hora 
Nem instante.
Sou tão seu, 
Quanto você é tão 
Somente eu. 

Espaço que não 
se pertence, 
Motivo que a ninguém 
Convence. 

Cantiga de amor
Que consola a gente, 
Mas que deixa marcas 
Que não se consegue 
Esquecer. 

Manias de querer , 
Manias de sentir,
Manchas de sonhos
Máculas sem dor
Do que custou ser. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário