sábado, 19 de dezembro de 2020

Vacinas

Há alguns e não poucos anos, percorrendo os corredores do Hospital São José de Doenças Infecciosas, fui amargamente apresentado a uma enfermaria ampla, com vários leitos, dividida por crianças queimando de febre e pintadas por bolinhas vermelhas. Sim, o Sarampo era mal para além de comum, não um caso inusitado vindo de outras paragens onde o sistema vacinal não é tão bom como o brasileiro. O General Ministro da Saúde reconhece o que muitos patricios negam ou querem fechar os olhos para não ver, fundamentados tão somente na cega fé em seu mito salvador: mesmo sendo um país de segunda ordem, temos um sistema vacinal de primeiro mundo. As vacinas mudaram e mudam a realidade de inúmeros males que afligem a humanidade desde passadas eras. Meus pais me contavam que tiveram Varíola na infância, doença que só conheci nos livros. Os agentes de indução ativa de imunidade recontam a história das pneumonias e meningites de minha rotina médica. A Pediatria tem no calendário vacinal um dos pilares indissociaveis da boa prática diária. Negar o valor das vacinas é retroceder em muito nas conquistas que a ciência médica promoveu pela saúde do ente vivo. Mas tudo bem! Quem não quiser tomar a vacina que vá para nem sei onde. Para a China não dá, já na terra vermelha dos olhos apertados, a vacina é obrigação social. Difícil encontrar um lugar que não sonhe com uma devida imunização. Mas não percam as esperanças. Enterrem que nem Avestruz a cabeça no buraco da ignorância e rezem para tudo dar certo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário