sábado, 31 de março de 2012

Amor cego



O mundo gira
E não paro de amar.

Amo a língua do mudo
Os olhos do cego,
Os ouvidos do surdo.

Amo a morte que me vigia,
O doce frio que brota da lua
Na noite que antecede o dia.

Amo meio sem jeito
Me atrapalho, me exalto
O coração grita, reclama,
Querendo sair do peito.

E quando o sono vem
E a cruel razão se esvai
Sonho contigo a meu lado
E o mundo não tem mais ninguém.

13.01.09 

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