segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Soneto da Casa Vazia

 A casa vazia zomba de minha dor.
Tento agrada-la:
Abraço-lhe as paredes,
Banho-lhe o chão com lágrimas.

Visto a melhor roupa;
Saio do caramujo.
Finjo fugir da ausência
tatuada na alma.

O ruído da rua esconde a solidão.
A moça inocente se oferece
Não sabe que sou homem incompleto.

Quando retornar,
Voltar à casa vazia,
Estarei mais triste e sozinho.

21/01/04

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