terça-feira, 7 de abril de 2020

Conservadores

É natural à consciência conservadora uma aversão a mudança. Por isso tanto dificuldade em entender o inusitado. O que espanta os especialistas ao se depararem com algo de comportamento inabitual, é tratado como algo corriqueiro, apenas um ponto pouco fora da curva, pelos que consideram que não há, nem deverá haver algo de novo no front. A neurociência ainda não tem resposta se a atitude conservadora já vem escrita nos genes ou se é determinada pelo ambiente. O provável é que seja os dois, e sua expressão dependerá do grau de exposição à capacidade de duvidar e de insurgir contra o status quo. São muitas as histórias contadas sobre um jovem que não se íntegra a seu cotidiano e quer fugir para um outro mundo, o que o isola dos colegas da mesma idade. O final sempre tem quatro possibilidades: ele foge e se dá bem ou mal, não foge e se dá bem ou mal. A discussão é sempre tão repleta de senões que fica difícil se posicionar como conservador ou revolucionário. O mais certo talvez seja manter os pés bem fixos no chão para que uma brisa não nos leve facilmente, mas não deixar de abrir as asas quando os ventos nos quiserem levar para o infinito das possibilidades. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário