domingo, 5 de abril de 2020

Isolamento Conjugal.

Nunca foi tão necessário se respeitar o ISOLAMENTO. Vivemos mais uma vez o efeito colateral de um estilo de vida ultra conectado. Se não bastassem as barulhentas multidões que se aglomeram em shoppings, shows, feiras e raves, o mundo virtual devassa nosso silêncio interior. Quase não conseguimos mais ouvir a nós mesmos; a rede nos fisgou e, tal peixe que se debate em vão, viramos o prato do dia a ser vendido e consumido por preço incerto no mercado global. Ontem quase não liguei a TV, exceção feita para conferir a quarta temporada de "Casa de Papel". De algum tempo tenho gasto as horas depois do jantar assistindo filmes e séries com minha mulher. Este novo hábito diminuiu a densidade de leitura diária, substituída com ótimas histórias, principalmente as policiais investigativas que nos pegam vez ou outra de mãos unidas, trocando carinhos. Uma reportagem me informou que em tempos de isolamento social aumentou o número de casos de violência doméstica. Isso me lembrou a conhecida pergunta de QUEM eu levaria para uma ilha deserta. Com certeza já fiz minha escolha, com ou sem Internet. 

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