quinta-feira, 12 de março de 2020

Deus Branco


Quem poderá me dizer qual a verdadeira cor de Deus? 
Discussões religiosas a parte, um “Deus Branco” me foi apresentado por um filme húngaro de 2014, onde toda mensagem está sintetizada em sua epígrafe “Tudo que é terrível, precisa de nosso amor”. A proposição de que o homem é produto do meio é lançada de modo claro ao se assistir a transformação de um dócil cão vira-latas em uma sanguinolenta fera, pelas mãos de um inescrupuloso treinador que percebe dentro de sua inocente alma animal, uma potencialidade para o mal. Seremos lobos escondidos sob pele de cordeiros? O tema serve como ponto importante da eterna disputa entre esquerda e direita e envolve particularmente a questão dos Direitos Humano. Enquanto uns procuram entender as razões para o mal, outros defendem os “homens direitos” e condenam os "maus" a exclusão social, quando não ao literal extermínio. Defender meu lado óbvio da questão não é o intuito deste texto, afinal não tenho a ilusão de mudar as mentalidades de suas razões, mas não posso me furtar a exaltar a função maior do amor como remédio para todos os males O interessante é que nossas leis preveem a recuperação do cidadão que falha em seu papel social. E que nossos presídios não tenham condições de ressocializar os infratores é sintomático de um sistema que pensa e dirige o mundo na mão direita Não defendo bandidos, como muitos me acusam, mas não posso me tornar um marginal ao exaltar ou solicitar a pena de morte ou outras formas de execução sumária, que não encontram amparo legal na nossa democrática Constituição Não devo dizer como termina o filme para não me acusarem de spoiler, (podem assistir no You Tube), mas não quero me despedir sem deixar reiterado que “Tudo que é terrível, precisa de amor” e deixar sob suspeita o "Amor com Amor se Paga".        

Nenhum comentário:

Postar um comentário